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Canabidiol no tratamento do autismo

Estima-se que 2 milhões de brasileiros são diagnosticados com algum grau de autismo, segundo dados do Center of Disease Control and Prevention (CDC), publicados na revista da USP (Edição 170). 

Essa é uma síndrome que ainda sofre com a falta de informações e, consequentemente, de acompanhamento médico, que poderiam amenizar os desconfortos gerados para as famílias.  

Nesse sentido, o canabidiol no tratamento do  autismo vem representando uma alternativa e um tratamento de suporte para aliviar sintomas  com menos efeitos colaterais que os tratamentos tradicionais. 

Uma das ações do CBD nessa síndrome se dá nas interações sociais, que é um ponto em que os autistas demonstram mais dificuldades.  

Para melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população, já é possível encontrar cursos de cannabis medicinal voltados exclusivamente para médicos. Assim, os profissionais formados são qualificados para incorporar esse conhecimento em seu arsenal terapêutico, que vem demonstrando grande potencial.  

Além das ações propriamente ditas do canabidiol no controle do TEA, o tratamento também leva a poucos efeitos colaterais. Os pacientes com autismo geralmente sofrem com o excesso de estímulos em seus neurotransmissores, podendo levar a neuroinflamação e estresse oxidativo.  

Para amenizar essas ações, os tratamentos tradicionais usam medicamentos tarja preta. Essas substâncias trabalham na interrupção dos transmissores e geram muitos efeitos colaterais, como distúrbios do sono, alterações do apetite e até mesmo do humor. 

Já o canabidiol tem interação natural com esses neurotransmissores, ou seja, eles não buscam a interrupção, mas sim o equilíbrio da função dos neurotransmissores. Dessa forma, consegue-se melhor controlar efeitos colaterais indesejados, como a inquietação excessiva.  

Desafios do tratamento do autismo com CBD 

Nos últimos anos, o Brasil e diversos outros países passaram por avanços nos estudos sobre o tratamento com canabidiol para o autismo. No entanto, ainda há muito o que avançar.  

Além dos impedimentos de recursos financeiros, é preciso superar barreiras contra o preconceito. Em consequência dessas dificuldades, os pacientes com TEA se deparam com preços elevados dos medicamentos à base de canabidiol. 

Avanços  

Apesar das dificuldades e passos lentos, já se pode perceber avanços. O primeiro e mais importante deles são os cursos voltados exclusivamente para médicos sobre a cannabis medicinal. De forma que os pacientes possam ter mais uma alternativa de tratamento para sintomas que até então, não tinham solução ou precisavam de remédios controlados, como os tarja preta.

A tendência é que novos estudos surjam, tornando essa alternativa de tratamento mais acessível e menos burocrática. Junto a isso, a Anvisa vem liberando a comercialização de medicamentos à base de canabidiol. Mesmo que ainda seja um processo burocrático, são novos passos que dão a possibilidade de melhoria na qualidade de vida desses pacientes. 

Isso vale não somente para pacientes com TEA, mas também, para pessoas diagnosticadas com outros distúrbios, como depressão, anorexia, epilepsia e dependência química

Benefícios 

  1. Redução da ansiedade: O CBD  tem propriedades ansiolíticas, ajudando a diminuir os níveis de ansiedade em indivíduos com autismo.
  2. Melhora dos distúrbios do sono: Alguns estudos sugerem que o CBD pode ajudar a regular o sono em pessoas com autismo, reduzindo a insônia e melhorando a qualidade do sono.
  3. Controle das dificuldades comportamentais: O CBD ajuda a reduzir comportamentos repetitivos, hiperatividade e agressividade em alguns indivíduos com autismo.

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